sábado, 18 de junho de 2011


E foi quase impossível eu não me encantar. Você me olhando com aquela cara de confuso ao me decifrar em contradições. Sem me entender, mas sem conseguir não de se encantar também. Falando dos meus detalhes feito poesia e com estrelas nos olhos. Que estrelas eram aquelas? Você sorriu dizendo que me refletiam e eu corei. Eram minhas afinal, deslumbre por você me ler assim tão bem, em tão pouco tempo. E se encantar com as minhas linhas, como se fossem um livro do Caio Fernando. Foi quando seus olhos ficaram tristes ao encontrar meus medos e assustados ao ver tantas cicatrizes, feito páginas arrancadas. Tocou-as sem que eu recuasse e isso era tão novo. Sempre fui boa em escondê-las em maquiagens-sorrisos e você as encontrou sem dificuldade, vendo além da calúnia dos lábios. Tocou-me sem fazer doer e foi mágico não sentir pela primeira vez após tanto tempo o toque não queimar. Você sussurrou com a expressão confusa lhe roubando a face outra vez que dentre todas as minhas contradições essa era a que você menos entendia. Como com tantas marcas eu continuava sendo tão bela. E foi quase impossível eu não me encantar.

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